Em um marco histórico, o HMS Nottingham, navio de guerra britânico afundado durante a Primeira Guerra Mundial, foi finalmente descoberto após mais de 109 anos. Localizado no Mar do Norte, a cerca de 100 km da costa escocesa, os destroços deste cruzador que havia sido vítima de um submarino alemão em agosto de 1916 foram identificados por uma equipe do Project Xplore.
Uma jornada através do tempo
A operação, que teve início em setembro de 2024, envolveu analistas históricos e mergulhadores determinados a resgatar um pedaço da memória coletiva. Utilizando documentos antigos, como diários de bordo e cartas náuticas, os pesquisadores traçaram rotas e mapearam áreas com câmeras de sonar. Em abril de 2025, uma área suspeita foi confirmada: o HMS Nottingham estava intacto a 82 metros de profundidade.
Os remanescentes da guerra
Entre os destroços, ainda é possível identificar armamentos e equipamentos originais, como um dos três canhões principais do navio. Em uma das imagens capturadas, um mergulhador utiliza uma régua para medir o diâmetro interno de uma arma, confirmando a autenticidade da descoberta. Até mesmo as comunicações entre a ponte e a casa de máquinas estão intactas.
Preservação histórica
Para os envolvidos na expedição, o HMS Nottingham é considerado um dos cruzadores da Primeira Guerra Mundial mais bem preservados já localizados. Em alguns trechos, os destroços chegam a erguer até 10 metros do fundo do mar, testemunhando a magnitude da naufrágio.
Essa descoberta não apenas reaviva um capítulo da história da Primeira Guerra Mundial, mas também nos lembra da fragilidade humana e da capacidade da natureza de preservar memórias que, às vezes, parecem esquecidas.