A atual chefe do Banco do Brics, a ex-presidente Dilma Rousseff, tem avaliado em conversas reservadas que Donald Trump deu um tiro no pé com o tarifaço prometido ao Brasil. Segundo aliados que conversaram recentemente com Dilma, ela avalia que o anúncio unilateral de taxas alfandegárias sobre produtos brasileiros pode ter dado um suspiro ao governo brasileiro e aberto chances inesperadas para a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma, conforme relataram esses aliados, considera que se Trump persistir nessa linha de ação contra o governo brasileiro, poderá acabar entregando a reeleição de Lula de mão beijada. Em um momento em que o presidente brasileiro busca consolidar seu discurso nacionalista e voltado para a indústria, a pressão externa pode funcionar a seu favor.
É interessante notar como as decisões internacionais podem ter consequências imprevistas no cenário interno. Enquanto Trump aposta em uma estratégia protecionista que visa desestabilizar aliados, Dilma Rousseff parece estar lidando com a situação com o pragmatismo de quem já esteve nos altos postos do governo brasileiro.
Essa manobra de Trump não apenas coloca em xeque as relações comerciais entre os dois países, mas também força o presidente Lula a se posicionar ainda mais claramente em defesa da indústria nacional. Ao mesmo tempo, Dilma Rousseff, que já teve seu próprio momento na política brasileira, parece estar assistindo à cena com um misto de espanto e cálculo político.
