A diplomacia dos Estados Unidos voltou a atacar o juiz Alexandre de Moraes, chamando-o de 'juiz ativista' e justificando as sanções impostas contra ele pela Lei Magnitsky. Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (31/7), o porta-voz do governo norte-americano não economizou nas acusações, destacando que Moraes teria 'violado direitos humanos' e afetado interesses dos Estados Unidos.
Contexto político internacional
A atitude dos EUA não surpreende em um cenário de tensão entre Brasil e Estados Unidos, especialmente após as eleições de 2022. O juiz Moraes é um nome central no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar um suposto 'golpe de Estado'. Enquanto Trump defende a inocência de Bolsonaro, Moraes é apresentado como um magistrado que não segue as 'diretrizes' dos EUA.
Impactos na relação bilateral
A punição visa principalmente afetar o juiz economicamente, com o bloqueio de bens e contas nos Estados Unidos. Além disso, Moraes agora enfrenta dificuldades para realizar negócios com empresas norte-americanas. A chancelaria dos EUA não descartou a possibilidade de outros brasileiros serem alvos de sanções, mantendo assim uma postura de retaliação.
Uma diplomacia com luar
Enquanto isso, o governo Bolsonaro parece estar mais interessado em defender seu aliado do que em negociar com os Estados Unidos. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, foi um dos articuladores da retaliação contra Moraes, demonstrando claramente que a política brasileira anda de mãos dadas com a polarização.
Para onde vamos?
A atuação dos EUA não apenas afeta Moraes, mas também coloca em xeque a independência do Judiciário brasileiro. Em um momento em que o Brasil luta por estabilidade política, é preocupante ver como decisões internacionais podem interferir na ordem jurídica local.