Militar da FAB condenado por fugir para consertar calça rasgada

Em um twist digno de uma novela, um ex-soldado da Força Aérea Brasileira (FAB) virou o centro de uma polêmica judicial após fugir de seu posto em Recife para consertar a calça da farda que havia rasgado. O caso, que parece saído de um roteiro de comédia dark, ganhou um desfecho surpreendente: condenação a três meses de reclusão, em regime inicialmente aberto, pelo Superior Tribunal Militar (STM).

A história começou em outubro de 2023, quando o jovem militar decidiu sair da base às 17h55 para buscar ajuda com a farda. Ele afirmou ter avisado seu superior sobre os planos, mas não conseguiu encontrar uma costureira durante o horário de trabalho. Voltando apenas 10 minutos antes do toque final, ele foi descoberto graças a chamadas desesperadas do superior e a um colega que verificou as câmeras de segurança.

O Conselho Permanente de Justiça para a Aeronáutica inicialmente o absolverteu, considerando que seu ato não configurava infração penal. No entanto, o Ministério Público Militar (MPM) recorreu, argumentando que a ausência noturna merecia punição. O STM acolheu o recurso, fixando a pena mínima.

'A atipicidade da conduta' foi o argumento usado pela Defensoria Pública da União (DPU) para pedir absolvição, destacando também o fato de o ex-militar ter menos de 21 anos à época dos fatos. Apesar desse argumento ser aceito, o STM considerou que a ausência ocorreu durante a noite e condenou o jovem.

O crime de abandono de posto está previsto no artigo 175 do Código Penal Militar (CPM), com pena de detenção de 3 meses a 1 ano. No caso, a pena foi fixada em três meses, em regime aberto.

Lição para os leitores: Sometimes, even the smallest mistakes can have the biggest consequences — especially when you're wearing a uniform and dealing with strict rules. O exemplo serve como um lembrete de que até o mais inocente dos atos pode virar uma verdadeira aventura judicial.