Em um caso que mistura luxúria, acusações e negações, DJ Beka, uma brasileira de 54 anos residente em Portugal, está no centro de uma investigação policial por supostamente liderar uma rede de prostituição de alto padrão. O jornalista Roberto Cabrini, do programa Domingo Espetacular da Record, viajou até Lisboa para desvendar os detalhes dessa história que envolve sexo, poder e negócios.
Rebeka Episcopo, conhecida como DJ Beka, sempre negou qualquer envolvimento ilegal, afirmando que jamais explorou mulheres. Em entrevista exclusiva concedida após sair da prisão, onde ficou detida por três meses e meio, ela contou sua trajetória: uma mãe nordestina escravizada até os 14 anos influenciou sua determinação em buscar melhores oportunidades no exterior.
Em Portugal, Beka começou como cabeleireira antes de se aventurar no mercado imobiliário de luxo. Foi lá que surgiu a ideia de abrir spas de massagem tântrica, promovendo serviços para ambos os indivíduos e casais. Segundo ela, as profissionais que trabalhavam com ela eram tratadas com dignidade e jamais foram forçadas a prostituir-se.
No entanto, a polícia portuguesa tem uma visão diferente. Eles suspeitam de um esquema de recrutamento de mulheres brasileiras para atuarem na indústria do sexo. Dez vítimas afirmaram que Beka as aliciou e explorou, algo que ela rebate com indignação: "Que se apresentem no tribunal".
A história de DJ Beka é um espelho da complexidade humana – onde a mesma mão que pode oferecer ajuda também pode esconder um plano para manipular. No contexto brasileiro, onde muitas mulheres buscam melhores chances no exterior, o caso dela lança um questionamento: quantas vezes o sonho de ascensão se transforma em pesadelo?