Em mais uma sessão de baixa do dólar, o mercado brasileiro assistiu ao recuo da moeda americana ante o real pela quarta vez consecutiva. O cenário, repleto de tensões comerciais e incertezas monetárias, reflete um equilíbrio precário entre diplomacia e economia.
Os principais fatores que influenciaram a tendência cambial incluem:
- Expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.
- Performace da bolsa paulista, que registrou forte alta, impulsionando a moeda brasileira.
- Tensões comerciais entre Brasil e EUA, com a entrada em vigor das tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
Apesar do cenário adverso, o dólar à vista fechou em baixa de 0,78%, a R$5,4627. Desde o fechamento de quinta-feira, a moeda acumula queda de 2,5%. Enquanto isso, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,78%, a R$5,498 na venda.
Enquanto o mercado doméstico monitora os impactos das tarifas, o presidente Lula mantém seu tom crítico em relação à decisão unilateral de Trump. "Não vou ligar para o Trump para negociar nada", declarou Lula, antes de convidá-lo para a COP 26 em Belém. A ministra da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o plano de contingência contra as tarifas está pronto e será anunciado pelo presidente.
Além disso, o ministro da Economia, Gabriel Galípolo, e a presidenta suíça, Karin Keller-Sutter, se reuniram com representantes dos EUA para discutir as consequências das tarifas. Enquanto isso, a Honda já calcula os prejuízos causados pelas tarifas, equivalentes a US$ 850 milhões.
Uma reflexão final: Em um mundo cada vez mais interligado, as decisões unilaterais de chefes de estado podem ter consequências imprevisíveis. Assim como o dólar, a economia global oscila entre ganhos e perdas, dependendo das escolhas dos que detêm o poder.