A partir de 2026, um grupo silencioso e sofredor finalmente encontrará seu lugar no sol brasileiro. As pessoas que convivem com fibromialgia, uma síndrome marcada por dores generalizadas e fadiga crônica, serão oficialmente reconhecidas como pessoas com deficiência pelo país. A Lei 15.176, sancionada sem vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promete mudar o jogo para quem vive essa batalha diária.
Um passo histórico
A norma, que entra em vigor no próximo ano, abre portas para um mundo de possibilidades que até então estavam fechadas. Agora, os portadores de fibromialgia terão acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), poderão concorrer a cotas em concursos públicos e desfrutar de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de veículos adaptados. É um reconhecimento não apenas legal, mas humano.
Do invisível ao visível
A fibromialgia é uma doença que habita as sombras da medicina. Não se vê em exames, não se cura com remédios e, por isso, muitas vezes é negada ou minimizada. Caracterizada por dores persistentes nos músculos e articulações, sem sinais de inflamação, ela também traz consigo fadiga, insônia, ansiedade e dificuldades cognitivas. Até 2026, essas dores invisíveis finalmente terão voz.
Uma luta que não é só nossa
Estima-se que entre 2% e 3% da população brasileira convive com a fibromialgia, principalmente mulheres entre 30 e 50 anos. Ainda que não haja cura definitiva, o tratamento multidisciplinar – que inclui exercícios regulares, medicamentos, psicoterapia e até terapias complementares como acupuntura – pode aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Para onde vamos?
Com essa nova lei, espera-se que o acesso ao SUS para tratamento e à rede de apoio se torne mais fácil. Além disso, as empresas e instituições educacionais serão incentivadas a promover adaptações no ambiente de trabalho e de estudo, garantindo inclusão social.
Palavras finais
Enquanto escrevo isso, lembro-me de todas as vezes em que ouvi有人说 'põe para fora se está doente'. Hoje, o Brasil dá um passo importante contra essa mentalidade. A fibromialgia sai das sombras e entra na luz da legalidade. Que essas mudanças sirvam de exemplo para outras doenças invisíveis e para a compreensão de que a dor não precisa ser vista para existir.