Três minutos e quarenta segundos. Foi assim que a vida de Arthur Fraxino Jäger, um dos grandes nomes do Avaí na década de 90, se apagou. Em uma noite fatídica, o ex-volante que ajudou o clube a erguer títulos importantes como o Campeonato Catarinense de 1997 e o Campeonato Brasileiro da Série C de 1998, sucumbiu em um trágico acidente de moto na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis.
Arthur, que vestiu a camisa do Avaí entre 1997 e 2000, disputou 54 jogos e foi parte fundamental da equipe que conquistou o acesso à Série B do Brasileiro em 1998. Ano passado, ele ainda integrava o elenco do Avaí Master, um time de ex-jogadores que homenageia a história do clube.
Um fim que contrapõe às conquistas
Enquanto as luzes da Ressacada ainda brilhavam por suas glórias passadas, Arthur era arremesso na noite Florianopolitana. O acidente ocorreu perto do Hotel Majestic, um dos ícones da cidade. Os socorristas do CBMSC encontraram o ex-jogador já inconsciente, com uma fratura na perna direita e sinais claros de traumatismo cranioencefálico (TCE). O destino, cruel nessa noite, não permitiu que ele resistisse.
Em um gesto de homenagem, o Avaí anunciou que pedirá um minuto de silêncio na próxima segunda-feira (28), antes do jogo contra o Botafogo-SP. Naquela mesma arena que foi testemunha de suas alegrias, os torcedores terão a chance de prestar uma homenagem póstuma a quem foi mais do que um jogador: um ícone da história recente do clube.
É triste refletir que o tempo, que costuma amaciar as feridas, também pode apagar memórias. Arthur Jäger, no entanto, será sempre lembrado como aquele volante determinado, com um sorriso que escondia a seriedade do jogo. Sua morte precoce serve como lembrete da fragilidade da vida e da necessidade de repensar nossas prioridades.