Em um movimento significativo que parece vir diretamente das profundezas da política brasileira, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que adotará todas as providências necessárias para concluir o processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar encontra-se atualmente na Itália, onde será extraditada para o Brasil após ter sido condenada a uma pena de 10 anos de prisão por crimes relacionados à falsidade ideológica e invasão de sistemas informáticos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Esta decisão foi tomada após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, solicitar que a AGU tomasse providências para garantir que Zambelli cumprisse sua sentença no país. Em nota oficial, a AGU confirmou que fará tudo o que for necessário para concluir o processo junto à República Italiana.
Carla Zambelli, de 45 anos, nasceu em Ribeirão Preto (SP) e trabalhou na área de planejamento estratégico empresarial até 2015, quando se afastou para tratar um tumor cerebral. Formada pela Universidade Nove de Julho (Uninove), ela ingressou na política como aliada fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas foi evitada pelo mesmo após as eleições de 2022, com Bolsonaro atribuindo sua derrota a Zambelli e outros aliados.
Agora, a ex-parlamentar enfrenta não apenas a extradição, mas também a perda do seu mandato. Enquanto isso, o caso serve como um lembrete doloroso de que, mesmo na política, as consequências das ações ruins eventualmente caem em mãos que buscam justiça.