A cada ano, o Festival de Veneza se consolida como um dos principais lançadores de filmes para a temporada de premiações. Com uma grade que mescla nomes internacionais e produções de cinema do mundo todo, o evento prova ser um ponto de encontro estratégico no calendário cinéfilo全球.
Em recente podcast da Daily Variety, Elsa Keslassy e Nick Vivarelli analisaram a posição de Veneza em meio à crescente concorrência com o Festival de Cannes. Enquanto Hollywood investe cada vez mais em produções arrasadoras, os festivais europeus buscam se reinventar para atrair público e votantes da Academia.
A mudança no corpo eleitorado da AMPAS (Academia de Artes e Ciências Cinematográficas) tem sido um fator chave nessa disputa. Com mais membros oriundos de fora dos Estados Unidos, festivais como Veneza e Cannes se tornaram plataformas essenciais para conquistar votos. O exemplo do sucesso de "Anora", filme que venceu a Palma d'Ouro em Cannes e depois conquistou o Oscar, mostra que o modelo tradicional está mudando.
Mesmo diante desse cenário, Veneza soube se posicionar como um ponto de encontro para filmes ousados e estrelados, além de oferecer espaço para produções de regiões historicamente menos representadas. "O que Alberto Barbera fez foi combinar títulos badalaçãos com trabalhos de áreas menos visíveis", destacou Vivarelli.
Outro ponto abordado foi o impacto da disputa entre Netflix e Cannes. Desde que Cannes proibiu filmes sem lançamento em salas, Veneza se tornou o principal destino para as produções da plataforma, reforçando sua posição no calendário internacional.