Em um episódio que resume a violência intrínseca do poder em meio às ruas de Manaus, Thiago Lima dos Santos, conhecido como 'TH da Zona Leste', foi executado com impressionantes 38 tiros. Em uma noite que parece saída de um filme, Thiago, ex-conselheiro do Comando Vermelho (CV), encontrou seu fim cercado por pelo menos 10 criminosos na Estrada da Praia Dourada.
Sua morte não foi apenas um ato isolado; era, em muitos sentidos, a consequência de uma longa trajetória marcada pelo crime organizado. Com passagens por homicídio, tráfico de drogas e associação criminosa, TH ocupava um lugar de influência na facção, tendo poder decisório nas zonas Leste e Norte da capital amazonense.
Mais do que uma simples execução, este assassinato retrata a dinâmica violenta das gangues organizadas. Em um mundo onde o comando é obtido com sangue e medo, Thiago foi vítima de uma trama complexa, envolvendo vingança, disputas por território e a lógica perversa que reina nestes círculos.
Enquanto o corpo de TH era velado, sua mãe chorava sobre ele, numa imagem que ecoa a dor coletiva. Ela, como tantos outros, é testemunha silenciosa da violência que corroói as favelas e bairros periféricos, transformando vidas em pautas de balanço para criminosos.
Esses eventos trágicos não devem ser encarados apenas como notícias sensacionalistas. Eles são espelho de uma sociedade onde a lei do mais forte prevalece, e o Estado, muitas vezes, se encontra impotente diante desse caos.
