O Senado Federal imobilizou-se em um silêncio calculado, sepultando por cem anos as visitas do controverso lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS'. Enquanto isso, o gabinete do senador Weverton Rocha (PDT-MA) mantém um perfil de transparência que diria orgulhosamente: 'Claro que recebi o Careca! Quem não quereria conversar com alguém tão... interessante?'
Enquanto a Câmara, mais receptiva, liberou as informações sobre as visitas do lobista e descobriu que ele sequer pisou no local desde 2019, o Senado ergue um muro de sigilo. A Casa alega que as informações são 'de caráter pessoal', como se as conversas entre Rocha e Antunes fossem algo privado, sem nenhuma relevância pública ou investigativa.
Para completar o quadro, o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) permanece em silêncio. Talvez ele esteja ocupado demais tentando manter a imagem de 'guardião da moralidade pública', um título que, ultimamente, parece estar mais encajado no humorístico do que na realidade.
Enquanto isso, o escândalo do INSS continua a desfilar seus personagens por um palco que mescla inocência e malícia. O 'Careca' é a estrela principal, com seu carro de luxo apreendido pela PF e suas empresas重塑idas para fugir da atenção indesejada.
Curiosamente, o Senado parece ter adotado uma estratégia de 'proteção ao privilégio' que faria inveja a um clube exclusivo. Em vez de esclarecer, preferiu manter o mistério, como se as conversas do Careca fossem sagradas ou, pelo menos, dignas de sigilo perpetuo.
Como diria um observador mais mordaz: 'Se os brasileiros soubessem o que se passa no Senado, talvez começassem a exigir mais...'
