A França enfrenta um desafio complexo no contexto atual de segurança nacional. Com ameaças híbridas atribuídas à Rússia, incluindo cyberataques, espionagem e desinformação, o país está compelido a reforçar suas defesas. O novo chefe do estado-maior das Forças Armadas, general Fabien Mandon, destacou que a França é considerada pelo Kremlin como seu principal adversário.
Apesar de não haver uma ameaça direta e pesada de ataque sobre o território nacional, o governo francês insiste na necessidade de se preparar para todas as formas de conflito, inclusive um possível confronto armado com a Rússia. Essa posição é justificada pelo apoio da França à Ucrânia e à manutenção do campo democrático europeu.
Entretanto, o conceito de 'guerra híbrida' não consegue mobilizar plenamente a sociedade francesa. Para muitos, o risco é abstrato, especialmente em comparação às ameaças nucleares mais palpáveis, como as mencionadas por Moscou.
Enquanto isso, a posição da Rússia considera a França como um 'co-belligérante' indireto na Ucrânia. Isso eleva as apostas geoestratégicas e reforça a necessidade de uma resposta coletiva da Europa para defender seus valores democráticos.