Em uma trama que mistura tecnologia e desonestidade, seis entidades associativas brasileiras estão sendo investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A acusação? Nada mais nada menos que a 'fraude da fraude', um esquema em que softwares foram usados para falsificar assinaturas eletrônicas de beneficiários. Um golpe no INSS, com requintes de engenharia.
Entre as entidades envolvidas estão nomes como a Amar Brasil Clube de Benefícios, a Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista (AASAP) e a Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas (ANDDAP). Tudo isso parece saído de um roteiro de thriller, mas é pura realidade. As investigações já estão em andamento, com órgãos como a Polícia Federal e o Ministério Público Federal acompanhando os desdobramentos.
Para completar o quadro sombrio, duas associações até tentaram justificar suas ações usando áudios fraudulentos. Uma delas, a Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (Ambec), chegou aerrar o nome da beneficiária em uma gravação que pretendia ser 'prova' de consentimento dos descontos. Áudios, no entanto, não valem como prova perante o INSS. O órgão exige documento de identidade com foto, termo de filiação e termo de autorização de desconto. Sem esses requisitos, o processo segue para auditoria.
Os aposentados e pensionistas, os verdadeiros vítimas desse esquema, estão agora enfrentando um dilema: ou aceitam os documentos apresentados pelas entidades ou declaram que não reconhecem as assinaturas. Caso optem pela latter, o INSS realiza auditorias para verificar a autenticidade dos documentos. Se forem considerados fraudulentos, as entidades associativas são notificadas para devolver o dinheiro. E se insistirem em negar? As vítimas podem até recorrer à Justiça.
Enquanto isso, as devoluções aos aposentados已经开始 desde a semana passada, mas o governo ainda terá que lidar com notificações de possíveis vítimas até novembro deste ano. É um lembrete doloroso de que, no Brasil, a palavra 'segurança' sometimes sounds more like 'vantagem pessoal'.
