Fusão de Petz e Cobasi ameaça concorrência e aumenta abandono de animais

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A fusão das gigantes Petz e Cobasi, duas empresas dominantes no setor de pet shops no Brasil, foi suspensa após a concorrente Petlove apresentar um recurso questionando os impactos da operação. Enquanto o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) inicialmente considerou a fusão não prejudicial à concorrência, o recurso da Petlove destacou riscos significativos para fornecedores, preços e mercado.


Entre os principais problemas identificados estão a concentração monopolística, a queda nas vendas, a capacidade de fixação de preços e a dificuldade de entrada de novas empresas no mercado. Além disso, a fusão pode levar à redução de competição, prejudicando diretamente os consumidores e os pequenos negócios.


O Instituto Caramelo, uma ONG que resgata animais abandonados, alerta para um problema ainda maior: o aumento no número de pets despejados nas ruas. Dados mostram que o abandono vem crescendo ano após ano, com 2025 prometendo ser o pior ano na série histórica. A fusão pode agravar essa situação, já que as empresas fusionadas podem elevar os preços e fechar pequenos pet shops.


Enquanto isso, Petz e Cobasi insistem em sua posição, destacando programas sociais como o 'Cobasi Cuida' e o 'Adote Petz', que já ajudaram milhões de animais. No entanto, a Petlove, concorrente direta, aderiu à campanha do Instituto Caramelo contra a fusão, argumentando que a operação prejudica a concorrência e os consumidores.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

Enquanto as empresas discutem entre si, o maior perdedor é o pet brasileiro. A concentração de mercado não apenas ameaça a diversidade competitiva, mas também coloca em risco aqueles que menos podem se defender: os animais abandonados.

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