Quando George Lucas entrou no pavilhão Hall H do Centro de Convenções de San Diego, ele não só pisou em um lugar histórico, como também encantou a todos os presentes. Em sua primeira aparição na Comic-Con, o criador da saga Star Wars transformou o palco em um tributo à arte narrativa, celebrando a diversidade e o impacto duradouro das histórias em quadrinhos.
A plateia de 6.500 fãs, que esperou horas para entrar, explodiu em aplausos quando Lucas foi introduzido pela rapper-atora Queen Latifah, sentando-se ao lado de Guillermo del Toro e Doug Chiang. Enquanto muitos esperavam discussões sobre Star Wars ou Indiana Jones, Lucas surpreendeu ao focar em seu projeto pessoal: o Museu de ArteNarrativa, que celebra a arte como forma de expressão.
"Este é um templo para a arte do povo", declarou Lucas sobre sua inspiração. Ele relembrou seu início na coleção de arte durante a faculdade, onde apenas as HQs eram acessíveis. Hoje, sua coleção ultrapassa 40.000 itens, incluindo clássicos como Mystery in Space e Flash Gordon, além de trabalhos de artistas renomados como Norman Rockwell e Frieda Kahlo.
Del Toro acrescentou que a arte narrativa é um elo que une, em contraste com a propaganda, que divide. "O mito pertence a todos nós", ressaltou ele. Enquanto isso, Chiang destacou como a arte em quadrinhos sempre foi desvalorizada, mas agora ganha seu merecido espaço.
O evento, que reuniu fãs e artistas, não apenas celebrou o passado, mas também olhou para o futuro. Planejado para abrir em 2026, o museu promete ser um santuário para a criatividade coletiva.
Em meio à nostalgia e à reverência, George Lucas não apenas marcou seu lugar na história da cultura pop, como também reafirmou que as histórias são o coração de tudo. E assim, em um mundo cada vez mais fragmentado, a arte narrativa continua a unir, a inspirar e a nos levar para longe — seja para um universo distante ou para dentro de nossas próprias almas.
