Em uma noite profundamente emocionante na Locarno Film Festival, a cineasta iraniana Golshifteh Farahani recebeu o prêmio Excellence Award Davide Campari e tornou-se símbolo de resistência cultural. Na Piazza Grande, diante de um público瑞士欢迎 caloroso, ela destacou a força do cinema como instrumento de união em um mundo dividido.
Farahani, nascida em Teerã em 1983, conquistou o coração do público com sua atuação em The Pear Tree, em 1998, e volta a Locarno para promover seu mais recente trabalho, Alpha, de Julia Ducournau. Em um discurso marcante, ela declarou:
"Este prêmio deveria ir para vocês, para todos nós, num mundo obscuro e cheio de conflitos. Acreditamos em arte e cultura; fugimos para o cinema. Assistimos a filmes que unem pessoas, independentemente de quaisquer fronteiras ou crenças."
Enquanto isso, Zar Amir Ebrahimi, outra cineasta iraniana, homenageou Farahani como "sua irmã de alma," reforçando a conexão entre artistas que usam o cinema para transcender limites geográficos e políticos.
Na abertura do festival, também foi exibido In the Land of Arto, filme de Tamara Stepanyan que explora a jornada de uma mulher francesa em Armenia. O longa mescla drama e reflexão sobre identidade, tema que ecoa na própria trajetória de Farahani, que sempre usou o cinema para contar histórias universais.
Contexto e Conexões
A edição 2025 da Locarno Film Festival parece estar focada em questionar o estado do mundo, como destacou Giona A. Nazzaro:
"Temos filmes que nos fazem pensar sobre a situação atual e tantas guerras que envolvem milhões de inocentes. Como comunidade e indivíduos, devemos manter os olhos abertos diante da tragédia humanitária na Gaza."
Essa edição do festival não apenas celebra o cinema, mas também o usa como ferramenta para denunciar injustiças e promover reflexão.