A semana promete ser movimentada na Câmara dos Deputados. Em meio a tensões políticas, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que está em avaliação possíveis punições a parlamentares que participaram do tumulto na sessão de retomada dos trabalhos legislativos. A decisão, segundo Motta, visa coibir atitudes que comprometem o funcionamento da Casa.
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, o presidente reforçou que a disciplina é essencial para o bom andamento das atividades parlamentares. "Atitudes que não colaboram para o bom funcionamento da Casa precisam ser coibidas", disse ele, destacando que está à disposição para recorrer a instrumentos regimentais, como a suspensão de mandato.
Na quarta-feira (6/8), parlamentares da oposição ocuparam a Mesa Diretora para pressionar pela votação do PL da anistia e da PEC que visa extinguir os privilégios de foro. A ação resultou em um atraso de duas horas na sessão, com Motta só conseguindo retomar os trabalhos após resistência.
Em seu discurso, o presidente mandou um recado: "Projetos pessoais não estão à frente do povo". Ele negou ter feito qualquer acordo para desobstruir a Mesa em troca da votação dos projetos, reiterando que suas prerrogativas "não são tratadas nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém".
Enquanto isso, os olhos do país estão voltados para Brasília. A pergunta que não quer calar é: será que a ordem prevalecerá ou a pressão política continuará? Em um contexto onde o jogo político costuma ser mais complexo do que parece, o momento promete ser interessante.
