Em um movimento que ecoa pelas arenas econômicas globais, o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, impôs recentemente taxas alfandegárias de 50% sobre uma vasta gama de produtos brasileiros. No entanto, essa decisão não foi sem exceções: cerca de 44,6% das exportações do Brasil para os EUA foram isentadas desse aumento de tarifas. Entre esses produtos estão aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro, que continuarão a pagar taxas mais amenas, de até 10%, conforme determinado em abril.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), essas medidas afetarão diretamente 35,9% das exportações brasileiras. Além disso, 19,5% dos produtos, como autopeças e automóveis, estão sujeitos a taxas específicas de 25%, baseadas em argumentos de segurança nacional. Esses números desenham um quadro complexo de impactos econômicos bilaterais.
É importante destacar que o aço, alumínio e cobre estão na lista de produtos com taxas de 50%, mas esses itens foram considerados em fevereiro como parte das exportações sujeitas a tarifas específicas. Ainda assim, o MDIC ressalta que 64,1% das exportações brasileiras continuam a concorrer em condições semelhantes a outros países no mercado americano.
A pasta esclareceu que produtos em trânsito para os Estados Unidos não serão afetados pelas tarifas adicionais. A decisão foi anunciada na quinta-feira (30), excluindo mercadorias embarcadas no Brasil até sete dias após a ordem executiva.
Enquanto o governo brasileiro busca esclarecer pontos pendentes, é evidente que essa guerra tarifária representa uma nova fronteira na economia global. No Brasil, as consequências estão ligadas não apenas à balança comercial, mas também à capacidade de se adaptar a um cenário internacional em constante mudança.