Trump celebra tarifas que prometem rejuvenescer os EUA

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Em meio a uma estratégia comercial cada vez mais agressiva, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebra as tarifas que entrarão em vigor nesta sexta-feira (1º) e promete transformar os EUA em um país 'grande e rico' novamente. Em suas redes sociais, Trump declarou: "As tarifas tornam os Estados Unidos grandes e ricos de novo". A declaração foi acompanhada de uma ênfase em letras maiúsculas: "Há um ano, os Estados Unidos eram um país morto, agora são o país 'mais atraente' do mundo".


Para Trump, as tarifas não apenas revitalizam a economia dos EUA, mas também estabelecem uma nova dinâmica no comércio internacional. A partir da meia-noite de sexta-feira, produtos de 80 países, incluindo a União Europeia (UE), serão taxados entre 11% e 50%, dependendo da origem. No entanto, alguns acordos comerciais já foram negociados para reduzir as tarifas, como nos casos do Canadá, México, Japão e Reino Unido.


Exceções e impactos

  • Países como o Chile se beneficiam de exceções, especialmente na importação de cobre.
  • O Brasil, no entanto, continua a ser um dos países mais afetados pelas tarifas, com taxas de 50% aplicadas a diversos produtos. Exceções incluem suco de laranja, fertilizantes e metais preciosos.

Enquanto isso, o mercado interno dos EUA não parece estar escapando intacto das consequências das tarifas. Economistas alertam para um crescimento economico estagnado no segundo semestre de 2025, com taxas de desemprego baixas, mas a atividade econômica sendo "minada" gradativamente.


Naomi Alves, economista-chefe da Nationwide, afirma que "os efeitos das tarifas já estão se manifestando nos preços dos bens", o que pode levar à uma inflação de até 3% no curto prazo. Para Samuel Tombs, da Pantheon Macroeconomics, "o crescimento dos Estados Unidos não deve ultrapassar 1% ao ano no segundo semestre".


Uma reflexão brasileira

Awhile a implementação de tarifas unilaterais pode parecer uma medida isolada, o impacto global é inevitável. No Brasil, empresas e produtores estão se perguntando como lidar com as taxas elevadas que afetam diretamente exportações para os EUA. Enquanto isso, o governo brasileiro tenta negociar acordos comerciais que minimizem os danos, mas a realidade é que a guerra comercial não distingue fronteiras.

Ana Paula Costa

Ana Paula Costa

Enquanto Trump celebra as tarifas como um 'revigorante' para a economia dos EUA, é preciso lembrar que o comércio internacional não anda de mãos dadas com unilateralismo. Afinal, se os EUA estão 'mortos', quem está vivo?

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