Em uma decisão que promete marcar um novo capítulo na política brasileira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi anunciada após Bolsonaro participar, via telefone, de uma manifestação bolsonarista realizada no último domingo (3/8) no Rio de Janeiro, evento que foi amplamente divulgado por seus filhos Carlos e Flávio Bolsonaro nas redes sociais.
Esta não é a primeira vez que Bolsonaro enfrenta restrições. Desde o início das investigações, ele estava sujeito a uma série de medidas cautelares, incluindo proibição de saída do país, uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar durante a noite e nos fins de semana. Além disso, Bolsonaro estava impedido de se aproximar de embaixadas e consulados, bem como de manter contato com autoridades estrangeiras ou outros réus envolvidos no processo.
Destaque merece a proibição de uso de redes sociais, medida que Moraes havia imposto para evitar que Bolsonaro utilizasse plataformas digitais para bypassar as restrições. A participação do ex-presidente em um ato político por telefone, contando com a divulgação de seus filhos, foi considerado um descumprimento das ordens estabelecidas, o que levou à decisão final.
Agora, Bolsonaro está sujeito a novas restrições, incluindo proibição de visitas, exceto por seus advogados e pessoas previamente autorizadas pelo STF. Ele também não poderá usar celulares ou redes sociais, direta ou indiretamente, durante o período de prisão domiciliar. Qualquer descumprimento das regras resultará na revogação da medida e na imediata decretação de prisão preventiva.
Essa decisão não apenas altera o status legal de Bolsonaro, mas também reflete um momento crítico na política brasileira. Enquanto some em seu domicílio, Bolsonaro perderá ainda mais a chance de projetar sua imagem pública, algo que sempre foi essencial para sua base eleitoral.