Justiça dos EUA contesta tarifaço de Trump: uma batalha judicial contra o protecionismo

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A Justiça dos Estados Unidos mergulhou num debate acalorado sobre o tarifaço anunciado por Donald Trump. Em um tribunal de apelações em Washington, empresários e autoridades estaduais argumentaram contra a legalidade das taxas impostas pelo presidente americano.


Trump, sempre o gentleman do trade war, decidiu que os Estados Unidos enfrentavam ameaças extraordinárias – como déficits comerciais e tráfico de drogas – para justificar um arsenal de tarifas que afeta países como o Brasil, China, México e Canadá. A defesa do governo Trump admitiu que nunca antes a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional foi usada para taxar importações, mas insistiu que era necessário.


Enquanto isso, juízes e advogados debatiam se a lei permitia ou não a aplicação de tais tarifas. Um juiz destacou que a palavra "tarifas" sequer estava mencionada no texto legal. E uma juíza rebateu com ironia: "Se o presidente diz que há um problema com os militares e ele então taxa importações de café, isso não parece resolver o problema."


Os estados e empresas que contestam as tarifas argumentam que a crise comercial não é uma emergência. Eles lembram que os déficits comerciais existem há anos, e portanto, Trump está extrapolando seu poder.


A decisão do tribunal pode levar semanas e até chegar à Suprema Corte. Enquanto isso, Trump continua a pressionar países com ligações telefônicas e cartas ameaçadoras. O México ganhou 90 dias de prazo para evitar uma tarifa de 30%, graças a um telefonema de Claudia Sheinbaum, presidente mexicana. A Coreia do Sul negociou e reduziu as taxas de 25% para... 25%. Sim, lembre-se disso.


Enquanto o mundo assiste, é difícil não pensar que Trump está mais interessado em ganhar eleições do que em resolver problemas reais. E no Brasil, onde Lula janta com ministros do STF em apoio a Moraes e ao tribunal, após uma sanção de Trump, parece que estamos aprendendo a dança do equilíbrio entre geopolítica e autoproteção.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

Enquanto Trump ergue muros tarifários, o mundo torce para que a Justiça americana mantenha o senso de proporção. E lembre-se: history has a sense of humor.

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