Em um mundo onde os heróis se fazem nas quatro linhas, a lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) é o inimigo silencioso que pode transformar um craque em um mero mortal.
Mesmo para quem não entende muito de futebol, é difícil não ter ouvido histórias de jogadores que, aparentemente intocáveis, caem vítima desse problema que afasta os melhores atletas dos gramados por meses — e有时候, até mesmo anos.
Entre os brasileiros, o exemplo mais recente é Neymar, que rompeu o LCA durante a Eliminatórias da Copa do Mundo em outubro de 2023. Mas ele não está sozinho nessa lista: Pedro, do Flamengo, e Ryan Francisco, promessa do São Paulo, já passaram por situação semelhante em 2024.
É curioso como algo tão pequeno (o LCA mede apenas entre 22 e 32 milímetros) pode causar tamanho impacto. Essa estrutura fundamental para a estabilidade do joelho é conhecida entre os ortopedistas como 'o coração do atleta', tamanha sua importância.
No entanto, o mistério não está apenas na anatomia desse ligamento. É a combinação de fatores — desde a própria geometria do corpo até aspectos ambientais e hormonais — que torna certas pessoas mais vulneráveis. E aqui surge uma ironia: apesar de ser um problema comum em esportes como o futebol, handebol, basquete e esqui, ainda não há consenso sobre se determinados tipos de gramado ou chuteiras são verdadeiramente 'vilões'.
Enquanto os médicos discutem essas questões, o mundo do esporte já começou a adaptar-se. Protocolos de prevenção, como o FIFA 11+, e tecnologias de reabilitação mais sofisticadas estão ajudando atletas a voltar aos campos com maior segurança. Mesmo assim, lembre-se: o corpo humano não é uma máquina. Cada jogador tem sua própria história biológica que precisa ser considerada.