Ainda que os carros esportivos com motor central sejam cada vez mais raros, a Lotus ainda mantém vivo esse legado com o Emira, disponível com opções de motores V6 supercargados ou turbo quatro cilindros. Com sua direção apurada, dimensões compactas e变速箱 manual padrão, é uma verdadeira inspiração para os apaixonados por carros.
Para começar, o Emira não é apenas um carro bonito: ele é visceral. A sensação de se aproximar dele, de subir aqueles bancos estreitos e ajustar o volante, é quase como voltar no tempo, para um mundo onde os carros eram feitos para a emoção, não para o conforto. E, apesar de seu design arrojado — especialmente na versão que testei, pintada de verde Isótopo, que custou 4.500 dólares a mais —, ele é definitivamente um carro que você pode usar no dia a dia.
Motivo: o Emira não é apenas um esportivo. Ele é uma máquina de pilotar. Com seu chassi em alumínio com ligas e suspensão McPherson, este carro é uma lição de simplicidade e eficiência. Seu motor 3.5 V6, fabricado pela Toyota e supercarregado pela Eaton/Edelbrock, produz 400 cavalos e 420 Nm de torque. E ele não está lá para brincar: a aceleração de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos é impressionante, mas o que realmente chama atenção é a maneira como ele se comporta nas curvas.
Claro, nem tudo são flores. A变速箱 manual, embora seja uma raridade valiosa no mundo dos esportivos modernos, pode ser um pouco desanimadora em certas ocasiões. O_shift é enguiçado e demanda um pouco de prática para se adaptar. Mas, assim que você começa a dominá-lo, o prazer de pilotar este carro compensa qualquer inconveniente.
Outro ponto que merece destaque é a suspensão. Com molas passivas Bilstein e rodas de 18 polegadas calçando pneus Michelin Pilot Sport Cup 2, o Emira se comporta como um carro de corrida, mas sem perder o equilíbrio em estradas urbanas. Mesmo com inputs throttle relaxados, ele é incrivelmente preciso e envolvente.
E a sonoridade do motor? Ah, aquele rugido do bypass valve no espelho retrovisor, o zumbido do supercharger... É quase como se o carro estivesse falando com você, incentivando-o a pisar fundo. E é impossível resistir.
Mas, é claro, nenhum carro é perfeito. O Emira tem espaço de bagagem limitado — apenas 150 litros e localizado sobre o escapamento — e os suportes para copos estão escondidos atrás do cambio, o que pode ser um problema para quem gosta de uma drink while driving. Além disso, a Lotus ainda não conseguiu oferecer o tanque de combustível dianteiro (frunk) que tanto desejamos ver em outros modelos.
Apesar disso, é difícil encontrar defeitos no Emira. Ele é um carro que respira paixão, e isso vale mais do que qualquer inconveniente prático. E, com a Lotus vendendo bem e enfrentando tarifas mais amigáveis, torço para que esses carros continuem por aqui por muito tempo.