Em entrevista ao The New York Times, Presidente Lula reiterou que o Brasil está tratando com seriedade as tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas esclareceu que isso não implica em subserviência. Em um discurso cheio de firmeza e diplomacia, Lula destacou a necessidade de respeito mútuo em relações internacionais. "Tenham certeza de que estamos tratando isso com a máxima seriedade. Mas seriedade não exige subserviência", declarou o presidente. Ele enfatizou ainda que "trato a todos com muito respeito. Mas quero ser tratado com respeito".
A nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros entra em vigor no próximo dia 1º de agosto. Questionado sobre as consequências das tarifas, Lula manifestou preocupação, mas descartou o medo. "Em nenhum momento o Brasil negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande", disse ele, destacando a dimensão econômica, militar e tecnológica dos Estados Unidos.
Para Lula, Donald Trump estaria violando a soberania nacional ao tentar interferir no Judiciário brasileiro, especialmente no julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O presidente brasileiro ressaltou que "talvez não haja nenhum líder mundial desafiando o presidente Trump tão fortemente quanto eu".
Essa entrevista marca a primeira vez que Lula concede uma declaração ao The New York Times em 13 anos, demonstrando uma estratégia deliberada de se conectar com o povo americano e expressar frustração com Trump. A posição do presidente brasileiro reflete não apenas uma defesa da soberania nacional, mas também a construção de um discurso diplomático que valoriza a igualdade entre nações.