A ideia de abolir as autoescolas do processo de habilitação é, no mínimo, controversa. Imagine um mundo onde você pode tirar a CNH sem jamais ter passado por uma aula prática – ou, pelo menos, sem que isso seja obrigatório. Para muitos, essa proposta parece um sonho tornado realidade: custos reduzidos, mais acessibilidade e, em teoria, mais brasileiros habilitados para dirigir. No entanto, como sempre, o paraíso tem seu lado obscuro.
A Economia da mudança
De acordo com estimativas, a atual média de custos para obter uma CNH gira em torno de R$ 4.000. Com a nova proposta, que elimina a necessidade de aulas práticas, o valor pode cair mais de 80%. Isso significaria que milhões de brasileiros teriam acesso facilitado à habilitação – um passo importante para reduzir a desigualdade no acesso à mobilidade.
Mas há contrapontos
Enquanto o Ministério dos Transportes enxerga uma solução para democratizar o acesso, entidades de trânsito como a Associação Nacional dos Detrans (AND) apontam riscos. Sem a formação completa em autoescola, argumentam, os novos condutores podem colocar em perigo a segurança viária.
Qual será o caminho?
A discussão não é nova, mas ganha força com o projeto que o ministro Renan Filho pretende levar ao presidente Lula. Enquanto isso, o debate público se intensifica: de um lado, a promessa de mais inclusão; do outro, a necessidade de proteger vidas na estrada.