O câncer de fígado pode dobrar suas taxas globais até 2050, segundo projeções publicadas na revista The Lancet. Enquanto o mundo registrou aproximadamente 870 mil casos em 2022, estima-se que cheguemos a 1,5 milhão de diagnósticos nos próximos 25 anos. Um aumento alarmante, mas não totalmente inevitável.
Mais de 60% dos casos são ligados a fatores evitáveis, como infecções virais (hepatites B e C), consumo excessivo de álcool e doenças hepáticas associadas à obesidade. Essas causas destacam a importância da prevenção e da conscientização global.
Relatório internacional liderado por especialistas aponta que até 17 milhões de diagnósticos e 15 milhões de mortes poderiam ser evitados até 2050 com estratégias de prevenção. Entre as medidas recomendadas, destaca-se a vacinação contra hepatites, rastreamento precoce e políticas públicas para reduzir o consumo de álcool.
Para o Brasil, o cenário não é animador. Em 2020, o câncer de fígado foi a sexta causa de morte por câncer entre os homens e a sétima entre as mulheres. A situação reflete a necessidade urgente de melhorar os esforços de prevenção no país.
Compreender o câncer de fígado não é apenas uma questão médica; é um desafio social, exigindo mudanças nas políticas públicas, na educação e na própria rotina das pessoas. Cada diagnóstico precoce é uma chance de cura; cada预防 medida, um passo rumo a um futuro com menos sofrimento.