Em um mundo cada vez mais polarizado, a tensão entre Estados Unidos e Rússia volta a ser destaque. E quem está na linha de frente desse jogo político? Nenhum outro que não seja Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia, transformado hoje em 'cão de ataque' do Kremlin.
Das promessas de paz às ameaças nucleares
Há anos atrás, Medvedev estava ao lado de Barack Obama proclamando que a solução para muitos problemas mundiais dependia da vontade conjunta dos EUA e Rússia. Hoje, ele usa suas redes sociais para lançar provocações, comparando até o presidente Trump à série apocalíptica 'The Walking Dead'.
Recentemente, Trump respondeu a essas declarações movendo duas submarino nucleares para regiões consideradas 'apropriadas'. Enquanto isso pode parecer um jogo perigoso de escalada, analistas apontam que Medvedev está apenas amplificando o discurso inflamatório do Kremlin.
De presidente a estrategista do medo
Medvedev, formado em direito e sem ligação com os serviços de inteligência, se transformou ao longo dos anos. Como presidente, ele promovia a modernização econômica e combatia a corrupção. Agora, como membro do Conselho de Segurança, suas palavras são repletas de nacionalismo exacerbado e ataques xenófobos.
Ele não tem mais o status de 'presidente-fantasia' que ocupou em 2012, permitindo que Putin bypassasse as limitações constitucionais. Hoje, Medvedev é um jogador-chave na estratégia russa de criar pânico entre os líderes ocidentais.
A dança dos titãs
Enquanto Trump move suas armas nucleares, e Medvedev solta comentários apocalípticos, a verdadeira questão é: alguém ainda leva essas ameaças a sério?
Analistas como Anatol Lieven descritêm as trocas recentes entre os dois líderes como 'teatro puro'. Para ele, a Rússia não está interessada em lançar mísseis nucleares em resposta a sanções, mas sim em manter o气氛 de medo e incerteza.
Enquanto isso, Medvedev continua a jogar seu papel: o de 'experto' que espanta as aves, mantendo os ocidentais na tensão. E Trump, por sua vez, responde com os movimentos das suas armas nucleares, num jogo que transcende o político para se tornar teatro.