Em julho de 2015, o mundo da tecnologia assistia à ascensão do Windows 10 e à promessa da Universal Windows Platform (UWP). Combinando entusiasmo e esperança, a Microsoft pintou um quadro em que os desenvolvedores poderiam criar aplicativos para uma gama variada de dispositivosWindows 10. No entanto, o que parecia ser um sonho tornado realidade rapidamente se transformou em uma lição sobre promessas não cumpridas e a complexidade do desenvolvimento de software.
Uma visão desencorajadora
Quando o Windows 10 foi lançado, os desenvolvedores estavam cansados das frustrações de Windows 8 e foram incentivados a adotar um novo paradigma com o UWP. A ideia era que um único aplicativo poderia funcionar em todos os dispositivos Windows 10, desde telefones móveis até consoles Xbox e headsets de realidade aumentada HoloLens.
Apesar desse início promissor, as coisas começaram a desmoronar rapidamente. Em 2017, o Windows Phone foi abandonado oficialmente, um golpe fatal para a ambiciosa visão de uma plataforma universal. Sem um sistema operacional móvel funcional, a UWP já estava condenada.
Desafios no caminho
Ainda que o UWP tivesse problemas de deploy inicial e fosse limitado à loja Windows, os desenvolvedores enfrentaram mais desafios. A Microsoft tentou recolocar as coisas em ordem com o Project Reunion e o WinUI 3, mas a adoção foi lenta e o feedback dos próprios aplicativos internos da Microsoft (como Office e Teams) foi ausente.
Enquanto isso, os desenvolvedores que optaram por manter-se fiéis ao Windows Forms e ao WPF descobriram que, afinal de contas, haviam chegado a um ponto em que seu trabalho era reconhecido como confiável. Em contraste, aqueles que seguiram o caminho do UWP viram suas esforços desmoronarem diante das complexidades da arquitetura e da falta de suporte.
Uma lição para a era digital
A história do UWP é, acima de tudo, uma lição sobre as expectativas e a evolução tecnológica. Enquanto o mundo dos negócios migra para dispositivos móveis e as capacidades das aplicações web, iOS e Android continuam a crescer, a ideia de um "computador de casa" já é coisa do passado.
Para os desenvolvedores, isso significa que a suporte multiplataforma não é mais uma opção, mas uma necessidade. Enquanto o Windows ainda domina o mercado em dispositivos desktop, a realidade exige flexibilidade e adaptabilidade.