Em um triste episódio que ecoou pelas ruas do Rio de Janeiro, uma mãe foi presa em flagrante acusada de abandono de incapaz seguido de morte.
A mulher, moradora do bairro Jardim Novo, na Zona Oeste do Rio, deixou suas duas filhas, uma com apenas 8 meses e outra com 5 anos, sozinhas em casa no último sábado (9/8), para curtir um baile. Na manhã seguinte, ao retornar, descobriu que o bebê não respirava mais. O corpo foi levado a uma unidade de pronto atendimento, onde os médicos confirmaram que a criança havia morrido por sufocamento.
Policiais civis e militares foram até a residência da suspeita e encontraram um ambiente insalubre: paredes sujas, roupas rasgadas e falta de segurança para crianças. Testemunhas relataram que a mulher tinha costume de abandonar as filhas para frequentar festas e bailes. Enquanto isso, a criança de 5 anos foi entregue ao Conselho Tutelar, e a mãe foi encaminhada ao sistema penitenciário.
Este caso não é isolado. Recentemente, em São Paulo, uma jovem de 19 anos deixou sua filha de 3 anos sozinha para ir a um baile funk. A criança foi encontrada por funcionários da Enel após ser flagrada pelas câmeras de segurança andando pelas ruas, chorando e vestindo apenas uma fralda. Ao chegar do baile, a mãe também foi presa por abandono de incapaz.
Estes eventos trágicos não são 'acidentes'. Eles são consequências de um descaso que combina irresponsabilidade com falta de estrutura social para amparar mães em situação de vulnerabilidade. A questão vai além da punição: é preciso discutir políticas públicas que ofereçam suporte a famílias em risco e prevenção a essas tragédias.
