Fundadora e diretora executiva da Honey Jam, Ebonnie Rowe, está na vanguarda de um movimento que redefine o espaço das mulheres na indústria musical. Lançada em 1995, a Honey Jam não é apenas uma iniciativa para promover artistas emergentes; é um projeto revolucionário que constrói pontes e derruba barreiras no mundo da música.
Em um contexto onde o movimento #MeToo finalmente ganhou força, Rowe se dedica a oferecer um ambiente seguro e enriquecedor para mulheres aspirantes. Através de workshops, coaching vocal e oportunidades para performar e networkear, a Honey Jam tem ajudado nomes como Nelly Furtado, Jully Black e Lu Kala a alcançarem seu espaço no palco.
É impressionante como Rowe consegue mesclar determinação com uma dose de realismo. 'Eles sempre dizem que todas as meninas fazem isso', afirma ela, referindo-se às pressões enfrentadas pelas mulheres na indústria. 'Mas lembre-se: há sempre mais oportunidades à frente.' Essa mensagem é um lembrete constante de que o empoderamento feminino não é apenas uma bandeira; é uma ferramenta essencial para a resistência.
Enquanto Rowe celebra os 30 anos da Honey Jam, ela também reflete sobre os desafios atuais. 'O governo Trump jogou um freio no progresso', admite. 'É chocante ver como certas pessoas simplesmente se renderam.' Mesmo assim, a determinação de Rowe é inabalável. Com o concerto histórico marcado para o Massey Hall, em Toronto, ela parece estar pronta para mais uma conquista.
Enquanto prepara os últimos detalhes do evento, ela mantém a cabeça no lugar, focada no objetivo: inspirar e empoderar. 'O que importa é que as pessoas que trabalho estarem se sentindo impactadas', resume Rowe. Comemorações à parte, o legado da Honey Jam vai muito além de um concerto; é uma revolução silenciosa na música.