'The Naked Gun' retorna aos cinemas com uma mistura de nostalgia e tentativa de inovar. Dirigido por Akiva Schaffer, o novo filme traz Liam Neeson no papel icônico de Leslie Nielsen, mas consegue capturar apenas parte do humor enérgico que fez do original um clássico.
A nova versão tenta manter a essência da franquia, com piadas malucas e gags que lembram os filmes originais de David Zucker, Jim Abrahams e Jerry Zucker (ZAZ). No entanto, o que falta é justamente aquela agressividade que caracterizou as obras da ZAZ. O humor aqui é mais terno do que explosivo, com momentos engraçados espalhados ao longo do filme, mas sem a intensidade necessária para impressionar.
Novos Elementos
- Liam Neeson traz um novo estilo ao personagem Drebin Jr., transformando-o de um simples policial desajeitado em um agente mais sombrio e cínico.
- A dinâmica entre o herói e os vilões é repleta de referências cultuais e gags que tentam agradar os fãs da franquia.
Apesar das tentativas, o filme se perde em comparação ao original. O humor é previsível, e as piadas, muitas vezes, caem no chão. A sátira à indústria do entretenimento, que era um ponto forte dos filmes ZAZ, aqui parece mais superficial.
O Que Faltou
A nova versão de 'The Naked Gun' tenta seguir o caminho do cinema independente e da sátira social, mas falta-lhe a coragem para explorar temas mais profundos. O filme se limita a reutilizar fórmulas que funcionaram no passado, sem ousadia.
Em um mundo onde o humor cada vez mais tenta ser politicamente correto, é triste ver 'The Naked Gun' cair na mesmice. O original era uma explosão de insanidade e criatividade; a nova versão é apenas divertida, sem chegar perto da genialidade do passado.