A NASA mudou as regras do jogo para empresas que pretendem substituir a Estação Espacial Internacional (ISS), reduzindo os requisitos mínimos para quatro tripulantes em incrementos de um mês. Essa alteração marca o fim da ocupação humana contínua no espaço, pelo menos conforme enxerga a agência.
Contexto e desafios
A nova diretiva reflete a realidade em evolução na NASA. Com um orçamento menor do que o inicialmente previsto para o Programa de Destinações de Orbi baixa altitude comercial, a ISS está caminhando para ser desmantelada por um veículo da SpaceX nos próximos anos.
A agência já havia firmado acordos com empresas como a Axiom Space para módulos habitáveis que podem ser conectados e subsequentemente desligados da ISS antes de seu abate. Recentemente, a Axiom alterou sua sequência de assembleia para reduzir dependências em relação à ISS.
Fase 1 versus Fase 2
A fase 1 do Programa de Desenvolvimento de LEO (Commercial Low Earth Orbit Development) incluiu acordos de desenvolvimento de estações espaciais comerciais, com contratos de financiamento com a Blue Origin e a Starlab Space. No entanto, a fase 2 enfrenta um déficit orçamentário de US$ 4 bilhões.
Novas diretrizes
A diretiva atualiza os requisitos para evitar uma lacuna na operação humana no espaço baixo. Em vez de contratos de preço fixo, a NASA optou por acordos de atuação com indústria americana, proporcionando mais flexibilidade diante das incertezas orçamentárias.
Agora, os requisitos para as estações comerciais passam a exigir quatro tripulantes por incrementos de um mês, significativamente reduzindo o compromisso original de dois astronautas em missões de seis meses. Essa mudança reflete a nova realidade financeira e prioridades da NASA.
Segundo fonte da NASA, a agência está "reduzindo o potencial de uma lacuna de plataformas capazes de transportar tripulantes na órbita baixa", priorizando a continuidade de operações sem grandes gaps tecnológicos.