A Polícia Federal deflagrou uma operação que promete mexer com os bastidores da política e do futebol brasileiro. Com o objetivo de apurar possíveis crimes eleitorais, a ação resultou em 10 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 10 milhões nas contas dos envolvidos. Entre os alvos estavam o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, e a deputada federal Helena da Asatur, do MDB de Roraima.
A investigação teve início em setembro de 2024 após a prisão do empresário Renildo Lima, casado com a deputada. Ele foi detido com dinheiro escondido na cueca, suspeita de compra de votos. Durante a operação, a PF prendeu cinco pessoas, incluindo dois policiais militares que prestavam segurança a Helena e Renildo.
Em nota, a CBF afirmou que a operação não tem relação com o futebol brasileiro ou sua entidade. O presidente Samir Xaud declarou-se tranquilo e à disposição das autoridades. Porém, o caso lança um olhar crítico sobre a integridade do processo eleitoral na região e a possível influência de práticas ilegais nas campanhas.
É um lembrete doloroso de que, mesmo no coração da democracia, as sombras da corrupção ainda pairam. E, como sempre, o futebol brasileiro acaba envolvido em más companhias.