A Operação Sem Desconto, deflagrada pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal, promete ser um marco na luta contra os abusos dentro do INSS. Três associações médicas de São Paulo estiveram no centro das atenções, acusadas de conceder descontos ilegais em honorários advocatícios, o que feria diretamente a previdência pública.
Em uma jogada astuta, as entidades associativas haviam criado um esquema sofisticado para burlar os sistemas de controle. Em vez de repassarem integralmente os valores arrecadados, desviavam recursos e distribuíam vantagens ilegais a seus integrantes. Isso não apenas prejudicava o cofre público, como também fragilizava a confiança no sistema previdenciário brasileiro.
Os servidores afastados, quatro técnicos do INSS, estavam longe de serem meros 'peixes menores' nesse esquema. Eles representavam o braço operacional que permitia a continuidade dos desvios, confirmando assim a teoria da organização criminosa por trás das associações.
Essa operação não é apenas um exemplo de fiscalização eficiente; é também um lembrete doloroso da necessidade constante de vigilância contra práticas abusivas. Num país onde o desvio de recursos públicos parece virar rotina, cada caso como este serve como aviso: os olhos do governo e da sociedade estão atentos.