Em pleno coração do Rio de Janeiro, o Palácio Capanema ergue-se como um testemunho da riqueza arquitetônica brasileira. Erguido em 1945, esse edifício de 16 pavimentos é obra prima do modernismo, assinada por nomes que ecoam na história da arte: Lucio Costa, Roberto Burle Marx, Cândido Portinari e o promissor Oscar Niemeyer.
Uma equipe de sonho
A construção do Palácio Capanema contou com a colaboração de pesos-pesados da arte brasileira. Lucio Costa, um dos urbanistas mais influentes do país, trouxe para o projeto sua visão modernista e funcionalista. Roberto Burle Marx, pai do paisagismo brasileiro, contribuiu com jardins que mesclam natureza e concreto. Já Cândido Portinari, um dos maiores pintores do Brasil, imprimiu no local uma estética única, misturando cores e elementos da natureza.
Detalhes que conquistam
O edifício é um compêndio de inovações arquitetônicas. As fachadas azulejadas, os brise-soleil móveis, as pilares de 10 metros e as mosaicos de conchas e hipocampus são apenas alguns dos elementos que o tornam único. O jardim suspenso, obra de Burle Marx, é um convite à contemplação, misturando natureza e urbanismo de forma harmoniosa.
Referências internacionais
O projeto recebeu elogios até de Le Corbusier, o pai do urbanismo moderno. Em 1962, ao visitar o local, ele declarou: "C'est beau, c'est beau...". Essa admiração internacional corrobora a importância do Palácio Capanema no cenário arquitetônico mundial.
Uma homenagem à modernidade
Vinicius de Moraes, um dos maiores nomes da bossa-nova, dedicou o poema "Azul e Branco" ao edifício. Nele, descreve o prédio como algo que parece ter nascido "dans l'épaisseur verte du fond de la mer", uma fusão entre arquitetura e natureza.