Passaporte brasileiro: mais de 100 países acessíveis, mas nem sempre bem-vindo

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Ter um passaporte brasileiro é sinônimo de liberdade, ou pelo menos era isso o que se pensava. Com ele em mãos, os viajantes podem acessar mais de 100 países sem precisar de visto prévio. No entanto, a realidade é bem diferente para muitas destinas. Conflitos armados, regimes autoritários e burocracias complexas transformam o sonho de explorar o mundo em uma verdadeira maratona.


Além das dificuldades palpáveis, como a insegurança em países como o Afeganistão ou a Somália, há barreiras mais sutis, como as políticas rígidas do Butão e da Coreia do Norte. Até mesmo destinos que parecem tranquilos, como Nauru e Kiribati, se tornam desafios para os turistas brasileiros devido à falta de infraestrutura e a burocracia.


No continente africano, a Eritreia exemplifica bem o dilema: um regime fechado, processos de visto lentos e quase inexistente representação diplomática no Brasil tornam a viagem praticamente impossível. Enquanto isso, na Ásia, a Tailândia, que costumava ser amiga dos brasileiros, impõe cada vez mais restrições, virando página de um romance que parecia imortal.


Para os viajantes independentes e curiosos, o mundo ainda reserva muitas surpresas desagradáveis. Até os países que não proibem explicitamente a entrada dos brasileiros acabam por afastá-los com regras draconianas ou condições inaceitáveis. É como se o passaporte brasileiro fosse um bilhete de ingresso, mas sem garantia de espetáculo.


Enquanto isso, no Brasil, os sonhos de viagem continuam a crescer, e os viajantes buscam cada vez mais alternativas. Mas para alguns destinos, o acesso permanece um mistério, como aqueles locais que sequer aparecem no mapa da imaginação.

Fernanda Almeida

Fernanda Almeida

Quem disse que ter um passaporte forte é sinônimo de liberdade? Afinal, nem todo mundo quer ser visitado por brasileiros. E assim seguimos, tentando decifrar o código das fronteiras fechadas.

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