Em um mundo onde os smartphones são verdadeiros computadores na palma da mão, é inquietante imaginar que o dispositivo que nós confiamos para nossas vidas pode se transformar em uma arma de fogo. E assim foi o caso do Pixel 6a, que voltou a surpreender (e assustar) seus usuários com relatos de incêndio durante a recarga, mesmo após atualizações prometidas pelo Google para resolver o problema.
Recentemente, um usuário do Reddit relatou ter sido acordado por um cheiro forte e um barulho alto, descobrindo que seu celular estava em chamas enquanto carregava. O dispositivo, colocado a 40 centímetros de distância na mesa de cabeceira, já havia danificado parte da roupa de cama. Mesmo com os esforços para apagar o fogo, restaram apenas componentes derretidos e uma tela irreparável.
Este não é um caso isolado. Desde janeiro de 2025, vários relatos de superaquecimento e até combustão completa vêm assombrando os donos do Pixel 6a. Diante disso, o Google lançou uma atualização que reduziu a velocidade de carregamento e a capacidade da bateria após 400 ciclos de recarga. No entanto, como relatado pelo usuário, essa proteção parece não ser suficiente.
É impressionante como as empresas tecnológicas buscam inovar em recursos cada vez mais sofisticados, enquanto problemas básicos de segurança continuam a aparecer. O caso do Pixel 6a é um lembrete doloroso de que, no calor da revolução digital, nem sempre o progresso é sinônimo de confiabilidade.
Enquanto isso, órgãos reguladores como a Comissão Australiana de Concorrência e Consumidor já emitiram alertas sobre os riscos do superaquecimento da bateria. No Brasil, o dilema é ainda maior: sem centros autorizados para substituição de baterias, muitos usuários se veem compelidos a arriscar ainda mais ou a desistir de um aparelho que prometia ser revolucionário.