Em um drama que transcende as quatro paredes de uma família, a professora Soraya Tatiana Bomfim França foi assassinada pelo próprio filho, Matteos França Campos. O crime ocorreu em meio a dívidas contraídas com casas de apostas e créditos consignados, um problema que se alastrou rapidamente, arrastando consigo não apenas a vítima, mas também aqueles que deveriam protegê-la.
Uma mãe, uma vítima: Soraya era uma professora de história, alguém que dedicava sua vida a ensinar e inspirar jovens. Seu assassinato foi brutal: o corpo foi encontrado coberto por um lençol, seminu, com marcas de violência sexual e queimaduras. Essas feridas não foram obra do filho, no entanto. Matteos, em uma jogada mesquinha, tentou simular um crime sexual para desviar suspeitas de si mesmo.
O monólogo da culpa: Em seu confessionário, Matteos relatou que o assassinato ocorreu durante uma discussão acalorada motivada por dívidas. Ele enforcou a mãe em seu apartamento e, para ocultar o crime, transportou o corpo no porta-malas do carro dela até um viaduto de Vespasiano, na Grande Belo Horizonte.
Os dias após o crime: Após o assassinato, Matteos desfez-se em mentiras. Ele afirmou à polícia que estava em uma viagem à Serra do Cipó, tentando fugir da responsabilidade. Enquanto isso, a mãe sumia no próprio apartamento, sem sinais de arrombamento ou violência. O filho até mesmo pediu ajuda a familiares para verificar o local, criando um cenário de perplexidade e culpa.
Uma lição silenciosa: O caso de Soraya é mais do que um triste acidente familiar; é uma reflexão sobre como as dívidas e os problemas financeiros podem corroer relações humanas, transformando filhos em algozes. É também um alerta para a necessidade de compreendermos os sinais de estresse e sofrimento nas pessoas que amamos.