Rapper Oruam se entrega após operação policial: 'Não sou bandido'

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Em meio a uma operação policial marcada por acusações de violência e abuso de autoridade, o rapper Oruam usou as redes sociais para se defender. 'Vou me entregar, tropa. Não sou bandido', declarou o cantor, em uma nota que misturava angústia e desafio.


Oruam, que já era conhecido por seu estilo contestador, afirmou ter sido vítima de perseguição racial. 'Eles só repetiam que éramos bandidos e me agrediam sempre que tentava explicar que sou artista', relatou. Ainda segundo o rapper, a abordagem policial foi violenta: fuzis, invasão ao domicílio e até ameaças contra sua cachorra, que estava no local.


Na nota enviada ao portal LeoDias, Oruam rebateu também o discurso oficial dos agentes de segurança. 'Os policiais me chamaram de marginal e criminoso sem nenhuma prova', denunciou. Ele acusou ainda o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, de usar termos pejorativos para desqualificá-lo.


'Ser um artista periférico é algo que orgulho, mas aqui foi usado como insulto', disse Oruam, criticando a exclusão racial no sistema de justiça. 'A lei tem cor e só vale para os negros? Vocês não estão preparados para ver um negro no topo', questionou.


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Rafael Pereira

Rafael Pereira

Enquanto Oruam se entrega e tenta provar sua inocência, é difícil não pensar em um sistema que criminaliza a arte e a identidade negra. Será que a Justiça brasileira ainda precisa aprender que bandido é aquele que o poder define? Até quando veremos artistas periféricos sendo tratados como marginais?

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