Enquanto o mundo assiste em silêncio, a Faixa de Gaza se transformou num símbolo de dor e resistência. Crianças como Muhammad, deslocadas de suas casas, enfrentam um drama que transcende as fronteiras: a desnutrição. Em meio a 21 meses de guerra, o Reino Unido anunciou um plano para intensificar sua atuação humanitária na região, com a evacuação de crianças feridas e o envio de suprimentos por via aérea. A iniciativa foi divulgada pelo primeiro-ministro Keir Starmer após conversas com líderes da França e da Alemanha.
Segundo o gabinete de Starmer, o governo britânico está trabalhando em parceria com a Jordânia para realizar lançamentos aéreos de ajuda humanitária e retirar crianças que necessitam de tratamento médico. A medida ocorre no contexto de alertas internacionais sobre o agravamento da fome em Gaza, com a ONU classificando a situação como "crise moral que desafia a consciência global".
Atualmente, a ajuda distribuída na região é coordenada pela controversa Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e Estados Unidos. Apesar das acusações de que o Hamas se apropriaria da ajuda, estudos recentes indicam que o sistema da ONU tem sido eficaz e menos vulnerável à interferência do grupo.
Enquanto isso, a pressão internacional aumenta para que Israel permita um acesso mais amplo à ajuda humanitária. Países como Reino Unido, França e Canadá vêm defendendo a necessidade de medidas urgentes para conter a crise. Afinal, diante da fome e da morte, o que importa é salvar vidas.