Enquanto o mundo assiste com ansiedade aos esforços de resgate dos cinco mineiros desaparecidos na mina El Teniente, no Chile, após um terremoto de magnitude 5, é impossível não refletir sobre a precária condição humana em meio às gigantescas máquinas da natureza e da indústria.
A mina El Teniente, considerada a maior mina subterrânea de cobre do mundo, localizada em Machalí, perto de Rancagua, é um testemunho da ganância humana e da busca insaciável por recursos. O desabamento causado pelo tremor na quinta-feira (31) não foi apenas uma tragédia natural; foi também a consequência das pressões sistêmicas que cercam a exploração mineral.
Enquanto as equipes de resgate avançavam lentamente — haviam conseguido abrir quatro dos 20 metros necessários para alcançar os trabalhadores presos —, o drama se intensificava. Um trabalhador já tinha perdido a vida, e outros nove ficaram feridos. Ainda não havia contato com os desaparecidos, deixando uma nuvem de incerteza sobre seu destino.
É inevitável pensar em como essas catástrofes se tornam um lembrete doloroso da nossa dependência dos recursos minerais. O Chile, maior produtor global de cobre, é responsável por suprir a demanda mundial de um metal essencial para a fiação elétrica, motores e energia renovável. No entanto, essa posição de liderança vem acompanhada de riscos ambientais e humanos.
Enquanto isso, o presidente-executivo da Codelco, Ruben Alvarado, mantinha a promessa de que as equipes continuariam trabalhando para acessar a área afetada. A empresa, comandada também por Máximo Pacheco, parece estar diante de um dilema: como conciliar produtividade com segurança humana?
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