Depois de 16 anos, o duo de hip-hop Clipse, formado pelos irmãos Pusha T e Malice, finalmente voltou com seu tão aguardado quarto álbum, Let God Sort Em Out. O álbum estreou na posição #4 no Billboard 200 vendendo impressionantes 118.000 unidades equivalentes a álbuns na primeira semana, superando o recorde de estréia de seu debut Lords Willin' de 2002.
A jornada para chegar aqui foi marcada por uma mistura de nostalgia e modernidade. Enquanto os fãs mais velhos se lembravam das raízes da dupla, os novos seguidores descobriram um som que continua relevante em 2025. O sucesso do álbum não foi apenas uma conquista musical, mas também um testemunho de como a visão de Pusha T e Malice, aliada à expertise de seu gerente Kevin McMullan, pode ressuscitar um projeto que parecia enterrado.
McMullan, que já foi premiado com o título de Executive of the Week da Billboard, destacou a importância de manter a essência da dupla enquanto se adaptava ao mundo moderno. "A música é o foco", disse ele em entrevista exclusiva. "Todas nossas parcerias e campanhas foram criadas para celebrar essa essência."
Entre as colaborações que ajudaram a impulsionar o lançamento estiveram nomes como KAWS, Tremaine Emory e marcas como Adidas e Billionaire Boys Club. Essas parcerias não apenas reforçaram a ligação da dupla com a cultura streetwear, mas também mostraram que Clipse ainda estava profundamente enraizado no DNA da música de rua.
Apesar dos desafios logísticos e criativos enfrentados durante o processo, a equipe conseguiu transformar obstáculos em oportunidades. "Quando tivemos problemas com samples na faixa 'So Be It', decidimos lançar a música primeiro nas redes sociais", lembra McMullan. "Foi uma decisão ousada, mas que funcionou."
Enquanto analisamos o sucesso de Clipse, não podemos evitar pensar no paradoxo da indústria musical: quanto tempo levamos para perceber que a essência nunca sai de moda? Com Let God Sort Em Out, Pusha T e Malice provaram que, com dedicação e visão, é possível reinventar-se sem perder a autenticidade.