Rússia afirma ter conquistado cidade estratégica na Ucrânia após 18 meses de batalhas

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A Rússia afirma ter capturado a cidade estratégica de Chasiv Yar, no leste da Ucrânia, após quase 18 meses de combates na área. Enquanto Moscou celebra o que pode ser um marco na guerra, Kyiv nega a perda do território e descreve as tropas ucranianas como mantendo uma defesa "móvel".

As forças russas publicaram vídeos de drones mostrando suas tropas em partes da cidade, além de relatar que mais de 4.200 edifícios e estruturas foram limpos e que cerca de 50 soldados ucranianos foram feitos prisoners. A cidade, com uma população pré-guerra de 12.000 habitantes, agora se encontra em ruínas após dois anos de ataques aéreos e artilharia.

A plataforma DeepState, que mapeia as linhas de frente da guerra, mostrou que as forças ucranianas ainda estão presentes na extremidade ocidental da cidade. A captura de Chasiv Yar, se confirmada, daria às tropas russas uma posição estratégica e ameaçaria a barreira fortificada de cidades no sudoeste do Donetsk, incluindo Slovyansk, Kramatorsk e Kostyantynivka.

Enquanto isso, a ofensiva russa no verão está se transformando em uma crise crescente para a Ucrânia. Em Donetsk, as tropas russas têm avançado, apesar de sofrerem baixas pesadas. Análises indicam que as estratégias russas mudaram, com tropas atuando em pequenos grupos e usando motocicletas para evitar as defesas aéreas ucranianas.

Paralelamente, na capital Kyiv, a Rússia lançou outro ataque major com mísseis e drones. Pelo menos oito pessoas foram mortas, incluindo um menino de seis anos e sua mãe. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky descreveu o ataque como "insidioso", destinado a sobrecarregar o sistema de defesa aérea.

Entre as vítimas está Iryna Tsymokh, de 53 anos, que relatou ter fugido de um abrigo com sua família quando outro ataque ocorreu. "As portas foram arrancadas. Meu filho gritava tão alto... Nós saímos como estávamos, de pijamas", disse ela.

Zelensky afirmou que mais de 50 pessoas foram hospitalizadas, com nove delas sendo crianças - o maior número em uma única noite, segundo o prefeito de Kyiv, Vitaliy Klitschko.

Rafael Pereira

Rafael Pereira

A guerra na Ucrânia não apenas redefine as fronteiras geográficas, mas também testa a resiliência humana e a capacidade do mundo de lidar com conflitos que se arrastam há anos. Enquanto Moscou celebra supostos avanços, Kyiv luta para manter-se de pé - literalmente e figurativamente.

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