A terceira rodada de conversas diretas entre Rússia e Ucrânia em Istambul terminou com um acordo limitado: a troca de aproximadamente 500 prisioneiros, incluindo soldados russos e ucranianos. Entretanto, os dois lados continuam distantes em questões fundamentais como um cessar-fogo permanente e a possibilidade de uma reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.
Enquanto isso, os Estados Unidos intensificaram suas pressões sobre Moscou. O presidente Donald Trump estabeleceu um prazo de 50 dias para que a Rússia faça a paz ou enfrentará consequências severas, incluindo tarifas elevadas. No entanto, Putin mantém seu curso, insistindo em sua visão maximalista de que a Ucrânia deve ser desmontada como Estado independente.
Para Zelensky, o retorno dos cidadãos ucranianos capturados é uma prioridade absoluta. Em mensagem no Telegram, ele destacou que mais de 1.000 pessoas já foram libertadas graças aos acordos de Istambul. No entanto, a guerra continua a cobrar um preço alto: estimativas indicam que a Rússia já teve mais de 1 milhão de baixas desde o início da invasão completa em fevereiro de 2022.
A participação de Trump na diplomacia parece estar se tornando cada vez mais volátil. Enquanto anuncia novas sanções e promete enviar armas para a Ucrânia, sua abordagem ao conflito parece marcada por hesitação e irritação. Em recente comentário, ele admitiu que as conversas com Putin são 'muito agradáveis', mas isso não impede que os misseis russos continuem a devastar cidades ucranianas.
Conclusão: A terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia mostrou que, apesar das trocas de prisioneiros, o caminho para a paz ainda parece longo. Enquanto Moscou mantém sua postura inflexível, Kiev busca desesperadamente um diálogo direto com Putin. Com os EUA jogando um papel cada vez mais ativo no conflito, será interessante observar se Trump conseguirá influenciar o curso da guerra ou se a Rússia continuará imperturbável em sua marcha hacia la anexación de territorios ucranianos.
