Uma nova onda de informações falsas surfeou as redes sociais recentemente, prometendo mostrar um tsunami devastador saindo da Rússia e atingindo os Estados Unidos. Mas prepare-se para desmontar esse mito: o vídeo em questão não é nem de perto o que parece.
Os posts circulantes exibem uma animação 3D impressionante, supostamente mostrando ondas gigantescas advindas da Rússia e se propagando pelo Oceano Pacífico. No entanto, o que os internautas não estão percebendo é que essa simulação não é nova. Na verdade, ela data de 2011 e foi criada para ilustrar os impactos do tsunami de Fukushima, no Japão.
A confusão começou após um terremoto de magnitude 8,8 ocorrer na Península de Kamchatka, na Rússia, em 30 de julho. O tremor gerou alertas de tsunami que afetaram regiões como o norte do Japão e a costa oeste da América do Norte. Enquanto isso, os compartilhadores desenfreados do vídeo tentavam passar a impressão de que estávamos assistindo a um evento em tempo real.
Sabemos bem como as crises geológicas captivam a atenção pública. No entanto, é crucial distinguir entre factos e fake news, especialmente quando se trata de fenômenos naturais tão potentes quanto tsunamis. O vídeo em questão foi produzido pelo Instituto Internacional de Pesquisa e Ciência de Desastres da Universidade de Tohoku, no Japão, com o objetivo educacional de demonstrar como ondas do tsunami de Fukushima alcançaram o Chile em apenas 23 horas.