Em tempos onde a privacidade anda mais cara que uma bilheteria de concerto, o Spotify decidiu inovar - ou simplesmente seguir a tendência. A plataforma de streaming agora exige um escaneamento facial para confirmar a idade dos usuários no Reino Unido que tentam acessar conteúdo com restrição de idade.
A nova medida, implementada em parceria com a Yoti (uma empresa também responsável por serviços integrados ao Instagram), promete revolucionar a forma como consumimos música e podcasts. Mas não é todo mundo que está empolgado com essa 'revolução'. O problema? Quem já teve uma foto de perfil antiga ou sem make-up sabe o quanto um scanner facial podeerrar.
Segundo a própria companhia, se o sistema de verificação de idade falhar, o usuário será forçado a apresentar uma identificação oficial para validar sua conta. E não é só isso: caso o usuário tenha menos de 13 anos (idade mínima permitida pelo serviço), a conta pode ser desativada definitivamente.
Essa não é a primeira vez que vemos um serviço online se envolvendo em questões de idade e privacidade. Desde a implementação da Lei de Segurança Online no Reino Unido, empresas como o Reddit, a plataforma Blaskey (uma espécie de Twitter alternativo) e até mesmo gigantes como a Microsoft/Xbox têm adotado medidas semelhantes para garantir que seus serviços sejam acessíveis apenas a adultos.
Mas qual é o preço que pagamos por essa 'proteção'? Enquanto ouvimos nossa playlist favorita, será que estamos aceitando um nível de vigilância que pouco tempo atrás parecia impensável? E o pior: quem está realmente decidindo as regras desse jogo?