Em um desenvolvimento que promete mexer com o mundo do futebol brasileiro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) distribuiu o processo envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, para a 1ª Comissão Disciplinar. O caso apura possíveis irregularidades na partida contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023. A expectativa é que o julgamento ocorra no início de setembro.
Após a audiência marcada para o dia 18 de agosto, a análise do caso foi adiada para a sessão seguinte, ainda sem data definida. As comissões se reúnem quinzenalmente às segundas-feiras, limitando as datas possíveis para o julgamento a dois cenários: 1º ou 8 de setembro. O relator do processo é o auditor Alcino Júnio de Macedo Guedes.
Bruno Henrique está suspeito de ter deliberadamente levado um cartão amarelo na partida contra o Santos, movimento que pode configurar manipulação de resultados. Na sexta-feira (1º/9), a procuradoria do STJD denunciou o jogador pelo crime descrito no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Caso condenado, Bruno pode enfrentar uma suspensão de até dois anos.
Além do atacante rubro-negro, também foram denunciados seu irmão Wander Nunes Pinto Júnior, a esposa Ludymilla Araújo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Todos são acusados de terem feito apostas baseadas no cartão recebido por Bruno durante a partida.
Enquanto o processo tramita na Justiça desportiva, os irmãos já respondem a um inquérito na Justiça comum. Após apresentarem defesa prévia, será iniciada a fase de instrução processual, com depoimentos e coleta de provas. Um novo julgamento decidirá se são culpados ou inocentes.
Este caso traz à tona questões profundas sobre ética e integridade no futebol brasileiro. Enquanto os estadios vibrarem, a pressão por resultados pode levar jogadores e outros envolvidos a tomarem decisões que comprometem a seriedade do esporte.
