Super quarta: instabilidades levam BC e FED a manter juros elevados

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A 'Super Quarta' trouxe mais uma dose de incerteza para os mercados globais. O Banco Central (BC) brasileiro e o Federal Reserve (FED), da América dos Estados Unidos, decidiram manter as taxas de juros em patamares elevados, respondendo à complexa织loom de fatores econômicos e políticos que permeia a atualidade.


No Brasil, a taxa Selic segue estável em 15% ao ano, enquanto nos Estados Unidos, as taxas seguem na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano. Essa é já a quinta reunião consecutiva do FED sem mudanças nas taxas, reflexo da postura conservadora das autoridades monetárias diante dos riscos internacionais.


Um dos fatores que pesou para essa decisão foi o tarifaço anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros. As taxas chegam a 50% para itens como café e carne, produtos que são amplamente consumidos nos EUA. Essa medida protecionista reforça os riscos externos que afetam a economia global, além de complicar ainda mais as relações comerciais entre os dois países.


Os especialistas apontam que as decisões dos BCs refletem a necessidade de manter a estabilidade em um cenário marcado por incertezas. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) destacou a moderação do crescimento econômico e a resiliência do mercado de trabalho, mas também advertiu sobre os riscos inflacionários, especialmente no setor terciário.


No discurso do FED, a manutenção das taxas foi justificada pela moderação do crescimento econômico e pela taxa de desemprego ainda baixa nos Estados Unidos. No entanto, a inflação segue um pouco elevada, o que leva as autoridades monetárias a serem cautelosas.


Para economistas como Oscar Frank, do RJI Investimentos, a postura dos BCs é resultado da necessidade de ganhar tempo para avaliar melhor os impactos das políticas proteacionistas de Trump e das pressões inflacionárias. Já Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter, destaca que a expectativa desancorada continua sendo o principal fator de preocupação.


Enfim, a 'Super Quarta' reforça a ideia de que, em tempos de incerteza, as autoridades monetárias preferem manter a estabilidade a arriscar mudanças bruscas. Resta saber como os próximos indicadores econômicos se comportarão diante desse cenário.

Juliana Rocha

Juliana Rocha

Diante desse quadro de incerteza global, é inevitável pensar que as taxas de juros elevadas estão aí para ficar. Enquanto isso, os brasileiros seguem pagando caro pelo tarifaço de Trump e pelas decisões protecionistas do governo americano. Afinal, em tempo de guerra comercial, o café e a carne continuam nas mesas, mas com um preço bem maior.

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