Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, teve mais de um motivo para não comparecer ao protesto na Avenida Paulista no último domingo (3/8). Além da cirurgia na tireoide, que o afastou das atividades públicas, ele revelou resistência em participar de um evento que exaltaria Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos.
A decisão de Tarcísio não foi unilateral. Em conversas com aliados, ele destacou a ampla maioria da população brasileira ser contra o chamado tarifaço. Participar do ato, segundo ele, poderia prejudicar sua imagem e a percepção pública sobre as consequências econômicas desse conflito. "Sou pacificador, não sou da guerra", declarou o governador, em referência ao clima tenso que envolve a disputa comercial com os EUA.
Outro ponto que afastou Tarcísio do protesto foi a questão judicial envolvendo o ministro Alexandre de Moraes. As sanções impostas pelos Estados Unidos à Justiça brasileira, conhecidas como Lei Magnitsky, geraram desconforto em seu entorno. "Sua presença poderia prejudicar São Paulo em julgamentos de interesse do estado no Supremo", argumentou um auxiliar próximo.
A ausência do governador foi criticada pelo pastor Silas Malafaia, organizador principal do evento. No entanto, Tarcísio optou por não responder publicamente às acusações, mantendo-se em silêncio diante das polêmicas que rondam seu nome.